O Farol


A paisagem de Monte Moro era mesmo um encanto, naqueles tempos mais ainda do que hoje. O mar limpíssimo e sempre atraente; a aldeia que ficava na vertente não se ouvia, era como se não existisse. Eram só elas, com a alegria daquela maravilhosa amizade, com os seus projectos de futuro. Ao longe, via-se a cidade, protegida pelas colinas, encimadas por fortalezas e muitos santuários marianos.

O Farol, ao cair da noite, lançava fachos de luz. Também ele tinha uma linguagem directa e sugestiva.

Rossetto, Rosa, Paula...Loucuras por Cristo.


Abrimos, assim, este blogue que pretende ser uma plataforma de partilha de textos, de orações, de reflexões, de imagens e de tantos outros fachos de luz....





terça-feira, 23 de novembro de 2010

Presentes Solidários




A Fundação Evangelização e Culturas [FEC] lançou no dia 2 de Novembro a Campanha Presentes Solidários 2010. A campanha tem como objectivo lançar um desafio à sociedade portuguesa: E se cada um de nós contribuísse, efectivamente, para um mundo mais justo e solidário?


Este ano, apadrinham amavelmente a Campanha e comprometem-se a mobilizar os portugueses caras tão conhecidas como o humorista Zé Diogo Quintela, padrinho do Presente para a Guiné Bissau; a jornalista Fernanda Freitas, madrinha do Presente para Portugal; a escritora Alice Vieira, madrinha do Presente para Timor-Leste; a fadista Carminho, madrinha do Presente para São Tomé e Príncipe; o nadador olímpico, Miguel Arrobas, padrinho do Presente para Cabo Verde; o futebolista Nuno Gomes, padrinho do Presente para Angola (projecto das Irmãs Doroteias), a apresentadora Lara Afonso, madrinha para o Brasil e ainda o político Marcelo Rebelo de Sousa, padrinho para Moçambique.


Os Presentes Solidários são 8 bens diferentes, mas a causa é a mesma: apelar à solidariedade dos portugueses em prol de um desenvolvimento e prosperidade partilhados com quem mais precisa. Mais educação, mais desenvolvimento sustentável, mais desenvolvimento sanitário, mais apoio à terceira idade e a recém-nascidos, mais condições dignas de vida, mais criação de emprego e mais apoio à natalidade são alguns dos alvos da campanha deste ano, que decorre até dia 6 de Janeiro de 2011. Ao comprar um presente solidário, o dinheiro será entregue aos parceiros da FEC no terreno: Irmãs Doroteias (Angola), Cáritas Cabo Verde, Comissão Interdiocesana de Educação e Ensino da Guiné-Bissau, Missionários da Consolata (Moçambique e Brasil), Ordem dos Frades Menores Capuchinhos (Timor-Leste), Associação Mãos Unidas (São Tomé e Príncipe).


São estas entidades idóneas que identificam e avaliam no terreno todo o tipo de carências das comunidades onde estão inseridas e encaminham a ajuda necessária. Depois de terminada a campanha, os resultados serão divulgados publicamente. Mais informações consulte http://www.presentessolidarios.pt/ OU http://www.fecongd.org/




Esta Bolsa do Professor destina-se à formação de um professor nas regiões rurais de Capelongo e Mulondo em Angola. Esta formação integra-se no Projecto Melika iniciado em 1999 pela comunidade das Irmãs Doroteias de Freixiel.
O valor deste presente destina-se à compra de livros e material escolar necessários à formação de professores do ensino básico.
Parceiro no terreno: Irmãs Doroteias


Objectivo de Desenvolvimento do Milénio (OdM) Associado - Objectivo 5: Reduzir em 75% a mortalidade materna

OdM 5: Reduzir em 75% a mortalidade materna
Cada ano, 500 mil mulheres morrem de complicações relacionadas com a gravidez e muitos milhares mais ficam fisicamente diminuídas. A esmagadora maioria destas mulheres vive nos países em desenvolvimento. A probabilidade de morrer durante a gravidez é de 1 em 16 na África Subsariana, contra 1 em 3800 no mundo desenvolvido. A formação e educação das mulheres é uma peça chave para alterar esta realidade.

Contribua para a formação das raparigas acolhidas no Centro de Acolhimento da Humpata em Angola.

REGULAMENTO DO CONCURSO - Simplicidade, uma marca de família

Uma das iniciativas que se pensou ser comum a todos os centros educativos foi o lançamento de um Concurso sobre a Simplicidade como marca de família que resultasse numa exposição na Semana de Santa Paula. Cabe a cada centro fazer as alterações respectivas ao seguinte regulamento.

OBJECTIVOS

O (nome do Centro Educativo) leva a cabo um concurso com o objectivo de promover, entre a comunidade educativa, uma reflexão em torno da Simplicidade como marca de família.

Este concurso terá lugar neste ano lectivo de 2010 /2011, durante a Semana de Santa Paula, a decorrer de 3 a 11 de Março.


Artigo 1.º
(Destinatários)

1. O concurso destina-se a todos os alunos do (nome do Centro Educativo) e respectivas famílias.


Artigo 2.°
(Trabalho a desenvolver)

1. Cada equipa poderá apresentar a concurso uma maqueta ou um texto em prosa que torne evidente o significado de Simplicidade, partindo do lema do ano Ser simples, uma marca de família e da Regra da Simplicidade de Santa Paula (excerto das Constituições, em anexo).


Artigo 3.º
(Divulgação do concurso e prazos)

1. O anúncio do concurso será realizado no (nome do Centro Educativo), divulgado junto dos alunos através do Professor de E.M.R.C.(?) de cada turma, bem como na página do (nome do Centro Educativo) (http://www.?).

2. As inscrições serão feitas através do endereço de e-mail ? e até ?

3. As maquetas e os textos deverão ser entregues ao Professor de E.M.R.C.? de cada turma até ao fim de Janeiro.

4. A apresentação pública dos trabalhos apurados terá lugar durante a Semana de Santa Paula.


Artigo 4.º
(Participação)

1. Cada família poderá participar apenas numa equipa e com um trabalho.

2. Os participantes deverão entregar uma maqueta com dimensão variável entre o A3 (mínimo) e A2 (máximo) ou um texto de 500 (mínimo) a 800 (máximo) palavras.


Artigo 5.º
(Constituição do júri e apreciação dos trabalhos)

1. O júri será constituído por ?

2. Dos trabalhos apresentados a concurso, o júri seleccionará os três melhores, de acordo com os seguintes critérios:

Maqueta:
- Ideia conceptual (ligação entre Santa Paula e o conceito de Simplicidade);
- Originalidade de materiais aplicados;
- Qualidade técnica construtiva;
- Potencial em posterior aplicação gráfica (cartazes; panfletos; web).

Texto:
- Desenvolvimento do tema com pertinência e originalidade (ligação entre Santa Paula e o conceito de Simplicidade)
- Qualidade literária

3. Das decisões do júri não haverá quaisquer reclamações.


Artigo 6.º
(Prémio)

1. Todos os participantes receberão um diploma de participação.

2. Os prémios a atribuir (três para cada categoria) serão oportunamente divulgados.


Artigo 7.º
(Direitos de imagem)

1. Ao participar no concurso, os concorrentes aceitam ceder ao (nome do Centro Educativo) os direitos de imagem para efeitos de reprodução, publicação, promoção, adaptação, utilização ou reutilização dos trabalhos seleccionados.


Artigo 8.°
(Casos omissos)

1. Os casos omissos e as dúvidas de interpretação deste Regulamento serão resolvidos pelo Júri.


Artigo 9°
(Entrada em vigor)

1. O presente regulamento entrará em vigor a partir do dia ? de 2010, data da abertura do concurso.

Data e nome do Centro Educativo
______________________

A Amizade

«Mas quem é que caminha a teu lado?». Quando me reencontro com esta pergunta, trazida por um verso de T.S. Eliot, penso quase sempre nos amigos. Um amigo, por definição, é alguém que caminha a nosso lado, mesmo se separado por milhares de quilómetros ou por dezenas de anos. O longe e a distância são completamente relativizados pela prática da amizade. De igual maneira o silêncio e a palavra. Um amigo reúne estas condições que parecem paradoxais: ele é ao mesmo tempo a pessoa a quem podemos contar tudo e é aquela junto de quem podemos estar longamente em silêncio, sem sentir por isso qualquer constrangimento. Tenho amigos dos dois tipos. Com alguns, sei que a nossa amizade se cimenta na capacidade de fazer circular o relato da vida, a partilha das pequenas histórias, a nomeação verbal do lume mais íntimo que nos alumia. Com outros, percebo que a amizade é fundamentalmente uma grande disponibilidade para a escuta, como se aquilo que dizemos fosse sempre apenas a ponta visível de um maravilhoso mundo interior e escondido, que não serão as palavras a expressar.O modo como uma grande amizade começa é misterioso. Podemos descrevê-lo como um movimento de empatia que se efetiva, um laço de afeição ou de estima que se estreita, mas não sabemos explicar como é que ele se desencadeia. Irrompe em silêncio a amizade. Na maior parte das vezes quando reconhecemos alguém como amigo, isso quer dizer que já nos ligava um património de amizade, que nos dias anteriores, nos meses anteriores, como escreveu Maurice Blanchot, «éramos amigos e não sabíamos».Aquilo de que uma amizade vive também dá que pensar. É impressionante constatar como ela acende em nós gratas marcas tão profundas com uma desconcertante simplicidade de meios: um encontro dos olhares (mas que sentimos como uma saudação trocada entre as nossas almas), uma qualidade de escuta, o compartilhar mais breve ou demorado de uma mesa ou de uma conversa, um compromisso comum num projeto, uma qualquer ingénua alegria…A linguagem da amizade é discreta e ténue. E ao mesmo tempo é inesquecível e impressiva. Há aquele ditado que diz: «viver sem amigos é morrer sem testemunhas». A diferença entre os conhecidos e os amigos é a mesma que distingue um ocasional espetador daquele que está habilitado a testemunhar. Este último disponibiliza-se realmente a ser presença. Se tivesse de resumir a sua natureza, apetecia-me dizer: um amigo é alguém que foi capaz de olhar, mesmo que por um segundo apenas, o fundo da nossa alma e transporta depois consigo esse segredo, da forma mais gratuita e inocente. E nós retribuímos o mesmo. Em dois ou três poemas de Adília Lopes sublinhei, há tempos, isso. No idioma da poesia de Adília, a amizade era descrita assim: «busquei o amor sem ironia». A amizade, mesmo quando nos fartamos de rir e de alegrar com os outros, é esse transparente amor.Tenho por uma grande verdade aquilo que escreveu o filósofo Paul Ricoeur: «para ser amigo de si próprio é necessário ter já vivido uma relação de amizade com alguém».

José Tolentino Mendonça, in Diário Notícias (Madeira)21.11.10

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A Simplicidade em Paula Frassinetti

A primeira da sequência de formações sobre o carisma de Paula Frassinetti como educadora levou-nos ao aprofundamento da Simplicidade enquanto traço distintivo e marca a levar em consideração na nossa (educadores) acção pedagógica.

Gostei imenso da exposição inicial alicerçada na metáfora das dobras.
Ocorre-me a imagem de um leque que se abre e se desdobra, revelando toda a sua riqueza escondida: o seu rendilhado, o equilíbrio que resulta da combinação de espaços opacos e espaços vazios, das curvas, da dança das curvas.
Toda a nossa vida é, também, um dobrar e desdobrar, momentos em que nos fechamos, momentos em que nos revelamos, momentos de relação e momentos de solidão.

A Simplicidade passa pela capacidade de nos expormos na nossa imperfeição, dando aí, ao outro, a possibilidade de nos ir complementando. Cresce o outro, porque se dá, cresço eu porque lhe proporciono uma aproximação e, assim, crio lugares de relação.
Cada vez me apercebo mais da riqueza da imperfeição, do limite, dos buracos que trazemos bordados em nós. Que lugar teriam os outros na minha vida se eu fosse perfeita e auto-suficiente? Que lugar teria Deus?...
Entra aqui a questão da Fé: este processo de auto-aceitação e aceitação do outro é possível sem Deus… mas imagino que mais árduo e desgastante.
Partindo do olhar de Deus, tudo isto se descomplica: reconheço no outro alguém tão precioso para Deus quanto eu e, portanto, igualmente digno da minha consideração, confiança e olhar de esperança.

Se olho o outro sempre de pé atrás, com o coração cheio de cepticismo, do alto do pedestal da minha arrogância (da minha ignorância!!!), nunca vou estar apta à simplicidade. Parto da premissa errada.
Que complicado é o mundo das relações humanas e que campo de oportunidades tão rico.
A ideia-chave é esta: ninguém é completo – ser simples é assumir isso e, por isso, aceitar e dispor-se a que o outro o complete e vice-versa.
Somo todos, felizmente, seres mutilados.

Não resisto a transcrever um excerto de um texto de Daniel Faria que formula isto bem melhor do que eu: “Creio que o mais egoísta dos homens é aquele que recusa dar aos outros a sua fragilidade e as suas limitações. Quem recusa aos outros a sua pequenez, comete um dos mais infelizes gestos de prepotência. E porque aí se rejeita, aos outros não poderá dar senão o sofrimento da perda. Querendo-se sem falha, será o mais incompleto dos seres.”

A Simplicidade é, em Santa Paula, esta convicção de ser inteiro, procurando o Mais, sem ignorar os menos que carregamos connosco.
Isto é de uma grande sabedoria.
Não há pessoas brancas nem pretas: somos todos malhados.
Para mim, é um descanso enorme ser criatura e, não, o Criador! Saber que não sou sozinha. Que a vida transcende a minha capacidade de compreensão do universo.
A uns isto inquieta, revolta, perturba, angustia… a mim… descansa-me.
Como diz Santa Paula “Estamos nas mãos de Deus, estamos muitíssimo bem!”.
Parece-me que Santa Paula viveu este equilíbrio de forma muito lúcida: não dramatizava as situações nem os problemas – des-com-pli-ca-va-. Fazia das crises (pequenas ou grandes) oportunidades de crescimento (pessoal, comunitário, na fé, na confiança). E percebia que o sentido de humor é dos melhores mediadores de conflito que podemos ter.
Santa Paula levou a sua vida muito a sério e, por isso, sabia rir.
A verdade é que muitos conflitos se evitavam se cada um se levasse menos a sério, ou melhor, se não nos levássemos demasiado a sério.
Isso é viver a simplicidade. Descentrar de mim. Rir de mim própria, dos meus buracos!
Santa Paula acolhia sem pré-requisitos, não estava à espera de material pronto.
Que outra coisa deve fazer um educador?...

Catucha Poeiras

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Viver em Simplicidade - sugestões para os centros educativos


Porto, 15 de Outubro de 2011

Queridas Irmãs

A equipa da Pastoral das Escolas constituída pelas Irmãs: Teresa Magalhães, Anabela Pereira, M.ª da Conceição Ferreira Pinto, M.ª da Conceição Oliveira, Emilia Epifânio, Conceição Rodrigues e Alice Simões e os leigas: Margarida Baldaque, Catuxa Poeiras, Paula Martins reuniu-se em Fátima, no dia 23 de Setembro, com as Irmãs Maria Lúcia Soares e Maria Antónia Marques Guerreiro, para reflectir sobre a Pastoral das nossa Escolas, tendo como pano de fundo o lema do ano, já assumido por todos: Viver em Simplicidade.


Seguem as várias sugestões para se viver em cada Escola, em momentos significativos, o tema do ano. Dão-se sugestões para se ir criando uma “cultura” de partilha no que diz respeito à Pastoral, esta deveria ser o ar que se respira em cada instituição.

1. Comunhão dos temas dos momentos fortes do ano:
Advento: Desdobra-te
Semana de Santa Paula: Alinha-te
Quaresma: Simplifica-te
Mês de Maria: Entrega-te
Para cada um dos momentos existirá uma imagem (Logotipo anual - "Ser simples" - adaptado ao tema) que deve ser utilizada por todos.

2. Comunhão de iniciativas em momentos fortes do ano:
Advento e Natal: Presentes Solidários (FEC); Pagela com imagem de Natal (a mencionada em cima) e uma oração para que cada aluno leve para casa - cada centro elabora o seu.
Semana de Santa Paula: Oração comum, no dia 3 de Março, às 11h00 (Colégio da Paz prepara); Concurso/ Exposição baseado na regra de simplicidade (Colégio das Calvanas prepara o regulamento).

3. Partilha da informação e vivências de diferentes momentos formativos dirigidos a elementos da pastoral
Organização de um encontro para docentes para reflexão sobre o encontro com o Pe. Carlos Carneiro. A equipa enviará um powerpoint como proposta base para reflexão e cada centro poderá moldar este material à sua realidade, adaptá-lo, de acordo com as propostas dos elementos do centro que estiveram presentes no encontro.

4. Promoção do intercâmbio entre os diferentes centros educativos e instituições das Irmãs Doroteias
Ter presente a oportunidade de intercâmbio na organização das diferentes actividades da escola.

5. Partilha de materiais produzidos pelas diversas equipas de pastoral das escolas
Utilização frequente do blog para partilha dos materiais e actividades desenvolvidos nos diferentes centros educativos.

A seu tempo daremos informações mais precisas sobre os “CAMPUSFRASSI.NET”.
Na reunião decidimos que no próximo ano vamos propor os “Vigias” (alunos dos 5.º e 6.º anos) e os “Freixos” (alunos dos 7.º e 8.º anos). Os animadores serão os alunos mais velhos do Colégio de Santa Doroteia (Lisboa), professores novos e os alunos da nossa ESE de Paula Frassinetti.
A desejar um bom ano de Pastoral tendo como centro Jesus Cristo.

Um abraço.
São Oliveira

Uma carta de um pai para o seu filho


“Acharás estranho que eu teu pai, tão pouco praticante te peça tão pequena heroicidade, temo até que não me leves a sério, um filho sempre deseja ser como seu pai, se calhar não te parece ser ajustado, para um homem que tem tão poucas convicções religiosas, peça, ou até exija, foi a palavra que ontem usei contigo, que não te afastes de uma experiência de transcendência, não que eu deseje que tu sejas um homem com uma visão clerical da vida, até seria perigoso. Também sei, que tu duvidas de quase tudo, de tudo que disseram que eu fui na religião, não acreditas… também te digo que ainda não ganhaste toda a capacidade para julgar, mas isso, não será impedimento para seres um homem completamente livre.
Quero que tu tenhas uma educação sem complexos, a mim parece-me, com isto da religião, pode, abrir horizontes e, ajudar a perceber até a matemática. Não vamos falar mais de política, disso falamos todos dias cá em casa, também não vamos discutir mais ideologia, porque disso como sabes eu sou insuportável.
Quero que aprendas uma nova metodologia para perceber a história, não só conhecê-la para que não sejas inculto, que quando se fala da civilização dos gregos ou dos romanos, percebas que a civilização cristã radica aí.
Não se pode entender Picasso sem entender Miguel Ângelo, e quantos outros autores poderia aqui falar, como poderás entender as ciências naturais, e repito até as matemáticas, sem encontrares uma fundamentação religiosa? Grandes autores como Pascal ou Newton eles eram cristãos, se calhar não sabias, até eram homens demasiado piedosos. Pasteur provava a existência de Deus, e dizia que tinha chegado à fé a partir da ciência. A religião está intimamente unida a todas as manifestações da inteligência humana. É a base da civilização e pôr-se de fora de uma visão religiosa é pôr-se de fora de uma visão intelectual.
Querido filho convence-te do que te digo: muitos têm interesse que outros desconheçam a realidade. Comunicar a liberdade da consciência e todas as outras coisas análogas, inclusive, católicos conhecem pelos livros alguma coisa da religião, mas não a conhecem o suficiente de modo a perceber, não só para a amar, mas inclusive para a poder odiar. Ficam apenas numa rejeição, outros apenas receberam uma educação religiosa, mas foi tão mal dada que ainda bem que a abandonaram. Não preciso ser génio, para compreender, que só são verdadeiramente livres, aqueles que correm o risco de querer aceitar viver em liberdade, e o cristianismo é das instâncias humanas que mais possibilita a liberdade do ser humano e quem te diz é o pai não crente.
Esta carta, provavelmente deixa-te surpreendido, talvez precise de uma grande conversa, mas esta carta é, da minha parte, um compromisso para te dizer que eu deixar-te-ia ignorante se não fizesse este desafio de me ultrapassares numa vivência religiosa que infelizmente eu não tenho."

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Novo Espaço Sagrado da ESEPF








No dia 30 de Setembro teve lugar no espaço sagrado da Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, o momento de oração mensal dedicado a todos os aniversariantes deste mês.
Este momento teve como objectivos: dar a conhecer o novo espaço sagrado da Escola, reunir a comunidade educativa em oração e criar o hábito mensal de rezar em conjunto.
Esta iniciativa foi um sucesso, não só pela simplicidade e beleza do local em si, mas pela forte adesão por parte dos alunos e professores da nossa Escola. No próximo mês haverá mais!

O Grupo da Pastoral da ESEPF






sexta-feira, 16 de julho de 2010

Lema do Ano: Ser Simples, uma marca de família


CONCLUSÕES DO ENCONTRO DE 7 DE JULHO - FÁTIMA



ENCONTRO DAS EQUIPAS DIRECTIVAS
E DOS REPRESENTANTES DA PASTORAL ESCOLAR
DOS CENTROS EDUCATIVOS DAS IRMÃS DOROTEIAS

Caminho percorrido em 2009-2010

e acções programadas para 2010-2011


Em Julho de 2009 e, após a reunião em Fátima, foram compilados os elementos, vindos das reuniões com as escolas, em ordem a uma programação comum no campo da Formação e da Pastoral ao nível de:

A nossa “marca”, o nosso modo de educar.
A Pastoral nos nossos centros educativos.


Quanto à nossa “marca”, o nosso modo de educar, as propostas de Julho de 2009 foram:

1. Encontrar formas de fomentar o espírito de corpo por meio de acções de formação.

2. Haver um plano para encontros de formação, em 2 ou 3 locais, onde as pessoas possam ir conforme lhes dá mais jeito, ou nos Centros Educativos em rotatividade – tendo em conta as funções que as pessoas desempenham.

3. Criar um grupo de trabalho para explicitar e dar visibilidade à “marca” educativa, porque vivemos num tempo muito simbólico e há muita gente nova a entrar.


A partir destas propostas… elaborou-se um programa, para cada ano, para todos e a partir de cada dimensão do perfil do educador:

- Para as Lideranças… realizou-se uma jornada para pessoas ligadas às várias Lideranças e à Pastoral sobre o tema: SER SIMPLES, MARCA DE FAMÍLIA


Sobre o mesmo tema estão já programadas …

- Para os restantes docentes: 9, 16 e 30 de Outubro – Fátima

- Para os não docentes: 28 (Sardão e Parque) e 29 (Paz e Calvanas) de Dezembro


Entretanto, sobre o novo tema SER RELAÇÃO, MARCA DE FAMÍLIA …

- Para as Direcções: 28, 29 e 30 de Abril de 2010 – Linhó


Voltando às proposta de Julho de 2009:

4. Formação específica (fora do local de trabalho) para os que, pela primeira vez, colaboram connosco, de forma a tomarem consciência do que é exigido pelo nosso modo de educar.


Já está programada para 10 e 11 de Setembro de 2010 – Fátima


5. Elaboração em desdobrável = “BI” dos nossos Centros Educativos, onde se expressam as nossas linhas de força/valores/propostas… a distribuir a todos os que nos procuram.

A lançar em 2010/2011



Quanto à Pastoral nos nossos Centros Educativos, as propostas de Julho de 2009 foram:

1. Criação de um blogue com textos, orações, comunicação do que se faz: possibilidade de haver alguém em cada escola encarregado de fornecer as informações.

Colocou-se online este blogue O Farol


2. Proporcionar aos alunos experiências significativas como, por exemplo, acampamentos…

. Definir uma equipa para preparar estes campos e acompanhar as experiências.
. Organizar em lugares diferentes com alunos das várias escolas, no final de cada ano.
. Começar a preparar monitores desde o início do ano.

Lançamento do Campus Frassi.net - pretendem ser uma actividade pastoral alicerçada na Pedagogia de Paula Frassinetti e têm como horizonte último levar os jovens a sentirem-se amados por Deus e acreditar que esse amor os leva a encontrar a verdadeira felicidade.
(1º Ciclo; 2º Ciclo; 7º e 8º; 9º e 10º anos)


3. Possibilidade de haver um tema comum para todas as escolas, adaptado a cada realidade.

4. Criar dinâmicas de oração com os Pais – serem eles os agentes desses momentos – de Pais para Pais – criar uma rede… envolver mais os Encarregados de Educação – encontros temáticos…


No dia 7 de Julho, os grupos trabalharam os seguintes pontos:

1. Formulação do Tema do Ano.

2. Apresentação de 3 sugestões de operacionalização, uma por período lectivo, a realizar localmente.

3. Partilha de experiências do trabalho que já se faz, em cada centro, com os Pais ao nível da Pastoral.

4. Formas de envolver os Pais na Pastoral dos nossos Centros.


Após as apresentações dos grupos, acordou-se que, dentro de cada realidade, os Centros Educativos seguiriam as seguintes orientações:


Lema do Ano: Ser simples, uma marca de família

Possíveis operacionalizações:


. Utilização do logótipo “Ser simples, uma marca de família”.


· Na Semana de Santa Paula, fazer uma exposição de trabalhos (em 3D), feitos pelas famílias, com base na Regra da Simplicidade (Constituições 1851), e rezar, no dia 3 de Março, a mesma oração em todos os centros.


Formas de envolver os Pais na Pastoral

Possível operacionalização:


· Caminhada local para as famílias com o objectivo de partilhar a Fé na óptica da simplicidade.






quinta-feira, 3 de junho de 2010

Não há soluções, há caminhos

Vida difícil
Enquanto não aceitarmos que a vida é difícil, e isso não é mau, não só não arranjamos estratégias e calma para vencer as dificuldades, como as aumentamos e arranjamos uma dificuldade maior. O que torna a vida ainda mais difícil do que é na realidade é pensar que ela devia ser fácil ou que alguém tem direito à facilidade. Mas a vida sem luta não é vida!


Absolutizar e relativizar
Uma grande tentação nossa é a de absolutizar. Pegar num acontecimento negativo e dizer: «é tudo assim». Olhar um problema sério e não ser capaz de ver mais nada para além disso. Absolutizar cega e escraviza. O caminho é, pois, o de relativizar, não tirar do contexto, ver também o resto dos acontecimentos e, depois, relacionar com outras exigências. Relativizar e relacionar. Começa aí o caminho de paz.


Fazer o que se gosta ou gostar do que se faz?
Fazer o que se gosta ou gostar do que se faz? Pode parecer o mesmo, mas é bem diferente. Já santo Agostinho dizia que o segredo de uma vida feliz estava em gostar - e aprender a gostar - de fazer aquilo que se tem que fazer e que é a nossa missão. Quem só faz aquilo de que gosta, limita-se a seguir os seus apetites e fica criança mimada. Nem é feliz, nem se pode contar com ele.


Défice de maturidade
«A maturidade é uma ave que levanta voo ao cair da tarde». Foi Platão que o disse, poeticamente. E, realmente, os nossos «homenzinhos» feitos à pressa e cheios de opiniões, tal como os fabricam as nossas sociedades de aceleração e abundância, são tão infantis afectivamente!... O problema é ainda mais grave numa sociedade que não respeita os velhos.


Prioridades ou emergências?
Há uma pergunta que me parece essencial: movo-me por prioridades ou por emergências? Isto é: ando a correr atrás de urgências, como tantas vezes nos acontece, ou sou capaz de parar e ver o que é prioritário ser feito? Ser «bombeiro» é simpático, mas será esse o meu papel no mundo, aquela missão que a mais ninguém pertence? Podemos ter que andar a «apagar fogos», mas que o imediato não encubra o essencial e que o contributo específico de cada um não se perca.


As pessoas são como os envelopes
As pessoas e os encontros, por vezes, são como os envelopes bem endereçados que recebemos. Sabe-se o nome e a morada, mas não se sabe o que vem lá dentro. Será uma conta a pagar, um convite, um folheto de publicidade? Será uma cunha, umas boas festas? É que o envelope rasga-se e depois vê-se o que vem lá dentro. As intenções do coração vêm sempre ao de cima, não há máscara que lhes resista...


Ser realista sem perder o ideal
É preciso viver com os pés na terra e a cabeça no céu. Isto é, ser realista sem perder o ideal. Aliás, um ideal - e não um idealismo - é uma meta concreta, possível, onde se pretende chegar. Por isso, a primeira coisa que a pessoa de ideais tem a fazer é conhecer muito bem a sua realidade. Só conhecendo e amando essa realidade, saberá fazê-la crescer e purificá-la do que não é ideal.


Unidade e compreensão
Necessitamos imenso de unidade e de compreensão. Unidade não é uniformidade, mas busca e aceitação do que nos completa e complementa. Compreensão não é domínio sobre as diferenças, é diálogo e apreço pelas outras realidades que não são as nossas. Há caminhos de unidade e de diálogo tão exigentes que só podem ser trilhados pelos humildes, isto é, pelos que não desistem, mesmo quando não vêem resultados.


Não faças mudanças ou opções quando estás em baixo
Em tempo de desolação não se fazem mudanças. É um antigo princípio da sabedoria que se pode traduzir assim: quando andas em baixo, não faças opções. Sim, então não se tem luz nem discernimento para o fazer. Espera pacientemente, clarifica-te, que chegará o momento certo da decisão.


A tolerância é com as pessoas, não com os actos
Grande arte é saber corrigir a tempo, oportunamente, abrindo uma porta; sem esmagar a pessoa mas ajudando a superar o erro. Quem sabe fazer esta distinção não deve ter medo de ter opinião nem cai na ratoeira de se calar dizendo que é tolerante. A tolerância é com as pessoas, não com os actos.

P.e Vasco Pinto de Magalhães, sj

terça-feira, 1 de junho de 2010

Filhos

Os vossos filhos não são vossos filhos.
são os filhos e as filhas
do desejo que a vida encerra em si.
Não nascem de vós, mas através de vós
e, embora estejam convosco, não vos pertencem.
Vós sois os arcos pelos quais os filhos
são disparados como flechas vivas.
O arqueiro vê o sinal no caminho do infinito e flecte-vos com toda a sua força para que as suas flechas voem rápidas, a longa distância.
Seja de alegria a vossa flexão
Na mão do arqueiro:
Tal como Ele ama a flecha que voa,
Assim também ama o arco que permanece estável.

Kahlil Gibran

Santidade precisa-se!

"Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças de ganga e sapatilhas.
Precisamos de Santos que vão ao cinema,
ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que colocam Deus em primeiro lugar,
mas que também se ‘esforcem’ na faculdade.

Precisamos de Santos que tenham tempo para rezar
e que saibam namorar na pureza
e castidade, ou que se consagrem na sua castidade.

Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI,
com uma espiritualidade inserida no nosso tempo.

Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e
as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que vivam no mundo,
se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.

Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola e comam hot-dogs,
que usem jeans, que sejam internautas, que usem walkman.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro,
de música, de dança, de desporto.
Precisamos de Santos que amem apaixonadamente a Eucaristia
e que não tenham vergonha de tomar um ‘copo’
ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos,
alegres e companheiros.

Precisamos de Santos que estejam no mundo;
e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo,
mas que não sejam mundanos."

Papa João Paulo II

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O QUE FAZER DA NOSSA GRANDEZA?

"Já tenho escrito, algumas vezes, sobre a grandeza das nossas vidas. E é verdades que somos grandes. Talvez por isso sejamos tão sensíveis à beleza e à perfeição. Desejamos ser muito. Desejamos ser o que queremos ser ou aquilo que nunca fomos. Queremos ser pessoas de abertura e de transparência. Desejamos e apreciamos a grandeza da vida. Mas, no meio dos nossos sonhos tropeçamos no mal que não queremos. E vivemos em luta ou em tensão, entre a verdade dos desejos e o limite das acções. E desanimamos, porque não sabemos quem somos: se aquele que diz diante de Deus “desejo-te e desejo o mundo” ou aquele que durante o dia tropeça onde não esperaria. Afinal, qual destes sou eu? Estás nos dois lados. No lado da grandeza e no lado da fragilidade. E estando nos dois, serás uma pessoa inteiramente verdadeira e completa. A grandeza da vida não diminui com a vida quotidiana feita de passos e missões pequenas. Levantar-me todos os dias de madrugada porque o meu filho chora, pode ser maior do que aquele que ao dar uma palestra levanta e move eficazmente um auditório. Tudo depende do amor que ofereço. E portanto, quando falhes ou quando tropeces, ou quando te sintas pequeno, nunca penses mal de ti. Mas, encontra-te com Deus mostrando-lhe que a tua verdade não consegue avançar sozinha. Mas, nunca desconfies nem desistas da beleza e da grandeza dos desejos que passam por ti. Basta que avances durante o dia, com aqueles passos pequenos próprio daquele que tem um coração grande."

Nuno Branco, s.j.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Vou passar pela vida uma vez...

Vou passar pela vida só uma vez: por isso qualquer coisa boa que eu possa fazer, ou alguma amabilidade que possa fazer a algum ser humano , devo fazer agora, porque não passarei de novo por aqui…

O dia mais belo: hoje
A coisa mais fácil: errar
O maior obstáculo: o medo
O maior erro: abandonar-se
A raiz de todos os males: o egoísmo
A distracção mais bela: o trabalho
A pior derrota: o desânimo
Os melhores professores: as crianças
A primeira necessidade: comunicar-se
O que traz felicidade: ser útil aos outros
O pior defeito: o mau humor
A pessoa mais perigosa: a mentirosa
O pior sentimento: o rancor
O presente mais belo: o perdão
O mais imprescindível: o lar
A rota mais rápida: o caminho certo
A sensação mais agradável: a paz interior
A maior protecção: o sorriso
O maior remédio: o optimismo
A maior satisfação: o dever cumprido
A força mais potente do mundo: a fé
As pessoas mais necessárias: os pais
A mais bela de todas as coisas: O AMOR!!!

TERESA DE CALCUTÁ

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Eu Acredito


O Colégio de Santa Doroteia - Calvanas - levou 400 pessoas (alunos, Irmãs, não docentes e professores)à eucaristia com o Papa Bento XVI na Praça do Comércio, no dia 11 de Maio.

Na foto, estão os "jovens-adultos" que acompanharam os jovens na marcha, do Marquês de Pombal ao Terreiro do Paço.

Papa Bento XVI no Centro Cultural de Belém

O discurso do Papa Bento XVI ao Mundo da Cultura...

http://www.bentoxviportugal.pt/ficheiros/file/Bentoxvi_cultura_portugues.pdf

Papa Bento XVI

"Fazei coisas belas, mas sobretudo tornai as vossas vidas lugares de beleza."

Bento XVI - no discurso ao mundo da Cultura, no CCB.